O abacate e sua má publicidade:

O abacate e sua má publicidade:

Olá! Tudo bem com vocês, amantes fervorosos do abacate e da blockchain? 

Nesta postagem do blog, vamos falar sobre o abacate e sua má publicidade.

O abacate, também conhecido pelo nome científico de Persea americana, é uma fruta nativa do México e da Guatemala que pertence à família Laureaceae. As condições climáticas especiais necessárias para a produção do abacate fazem com que ele praticamente só possa ser cultivado em locais de clima tropical e mediterrâneo. 

Mais de 60 países produzem cerca de 500 variedades de abacates, sendo o México o maior produtor mundial com 2 milhões de toneladas produzidas por ano. Segue-se a República Dominicana com 690 000 toneladas, a Colômbia com 550 000 toneladas e o Peru com 525 000 toneladas. No entanto, se nos concentrarmos em observar o que acontece fora do continente americano, também podemos encontrar grandes produtores como a Indonésia, o Quênia, Israel, a China e a África do Sul. No caso particular da Europa, é a Espanha, com a comunidade autónoma da Andaluzia na frente, que concentra as produções escassas e as exportações de abacates para o resto da Europa, deixando o Algarve português, a Sicília e Creta como meros produtores testemunhais dentro da União Europeia.

Chegando aqui, se nos perguntarmos “Qual é o futuro do abacate?”, veremos que os dados dos últimos anos da WAO (Organização Mundial do Abacate) só confirmam o sentimento generalizado de expansão que está sendo vivido em todo o mundo. Já há alguns anos que os Estados Unidos ultrapassavam 1 milhão de toneladas importadas por ano, número que a União Europeia certamente alcançará até 2025, se não acontecer antes, de acordo com as expectativas. Se somarmos a essas quantidades as importações dos novos players, como o mercado asiático (cada vez mais aberto à introdução do abacate em sua alimentação), não é de se estranhar que a preocupação global seja crescente, com o possível agravamento dos problemas de escassez de água, desmatamento e grupos criminosos dedicados à extorsão e apropriação ilegal de terras que ocorrem em algumas áreas do continente americano, como a província de Petorca no Chile e o estado de Michoacán no México.

Na Avocate, consideramos lógica a preocupação da sociedade no que se refere aos problemas que afetam os abacates e as comunidades e compartilhamos essa preocupação. Embora todos os anos se tomem medidas para usar sistemas de irrigação com água mais eficientes e ter as plantações analisadas com dados em tempo real, ter conseguido reduzir a quantidade de água utilizada de cerca de 800 – 1000 litros por quilo de abacate para uma média entre 600 – 700 litros por quilo, não significa que já se alcançou a eficiência máxima. Por isso, é preciso continuar a investigar formas mais eficientes no futuro. Embora esses números pareçam importantes, não é preciso criminalizar o abacate tão rapidamente, pois qualquer alimento precisa de água. Por exemplo, para se obter um quilo de chocolate, investem-se mais de 17000 litros e, sinceramente, não há vozes tão críticas como as que se levantaram contra o abacate.

Para terminar esta postagem do blog, na Avocate queremos transmitir a importância, no nosso ponto de vista, de criar cadeias de consumo de alimentos mais sustentáveis e educar os consumidores a exigir certificações internacionais de comércio justo e culturas sustentáveis do abacate em seus supermercados, garantindo que não comprem abacates provenientes do desmatamento, do crime organizado ou da superexploração de aquíferos.

                                                                              Que a força do ouro verde guie vocês!

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